A visão de que a obra é um local só para homens está fora de moda. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego de 2020 estimam que a absorção de mulheres na construção civil cresceu quase 50% nos últimos 10 anos. Ainda de acordo com o órgão governamental, o segmento conta atualmente com 200 mil trabalhadoras no mercado. E, no que depender da Geisa Garibaldi (foto de destaque, por Fabio Rossi), 37, fundadora da Concreto Rosa, uma empresa do setor de construção formada só por profissionais do sexo feminino, esse número só tende a crescer.
“Sejam bem-vindas! Somos aliadas, jamais concorrentes”, falou Geisa em entrevista ao blog da Chatuba, quando perguntada o que falaria para mulheres que pensam em trabalhar no setor da construção civil. A empresária conta que tomou gosto pela obra ainda criança ajudando a sua mãe a construir a fundação da casa da família, em Duque de Caxias. Adulta, trabalhou com vendas, atendimento ao público… No entanto, a obra sempre fez parte de sua essência.
Concreto Rosa é referência para mulheres na construção
Geisa é referência para muitas mulheres na construção. Afinal, atua em um ramo que ainda é associado como um mercado predominantemente masculino. Além disso, ser uma mulher negra e LGBT fez com que os desafios naturais de qualquer profissão se tornassem ainda maiores para ela, que é fundadora da Concreto Rosa, formada por engenheiras, arquitetas, pedreiras, eletricistas e pintoras.
“Ser mulher atuando numa área tida como masculina é desafiador demais, pois você se depara com uma série de pequenas violências. Tem que ter muito gosto pela profissão e propósito para seguir”, declara Geisa.
Todavia, o caminho de empreendedorismo trilhado com a Concreto Rosa já rendeu frutos. Hoje em dia, a Concreto Rosa conta com 10 colaboradoras – todas mulheres – e quase 10 mil seguidores no Instagram. Geisa já contou sua história em grandes jornais e na televisão. A última aparição foi no programa “Falas de Orgulho”, exibido na TV Globo em homenagem ao dia do Orgulho LGBTQIA+, no dia 28 de junho.
Expansão das reformas e construções
Durante a pandemia, Geisa conta que viu a demanda por obras e reformas aumentar. “As pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e conviver com aquela torneira que pingava, o chuveiro que sempre queimava, a parede feia”, explica, acrescentando que as casas precisam ser remodeladas em termos de ventilação e melhor aproveitamento dos espaços.
Na visão da empresária, algumas tendências já podem ser notadas nas demandas por obras e reformas. “Alguns exemplos são os azulejos hidráulicos que estão em alta, as cores mais fortes, as plantas na decoração, o efeito marmorato em paredes, os chuveiros mais amplos e com led”, cita a CEO do Concreto Rosa.
Já para quem está pensando em construir ou reformar, a dica é se planejar bem. “Definitivamente, investir em um projeto é o melhor caminho. Você consegue quantificar o material, ter todo cronograma e entender também que arquitetura não é só para gente rica! Arquitetura é possível e torná-la acessível é uma das nossas metas ”, declara.
Chatuba: variedade de materiais, preço e condições de pagamento
Por fim, como profissional de obra, Geisa conta que já foi a loja da Chatuba, em Nova Iguaçu, e disse ao blog o que achou. “Adorei por ter uma vasta quantidade de marcas e material, valores acessíveis e variedades de formas de pagamento também”, elogia.
Conte com mulheres para reparos, construções e reformas
A Concreto Rosa é pioneira, mas não é a única empresa exclusivamente de mulheres preparadas para fazer obras e reformas na sua casa. Por isso, o blog da Chatuba reuniu dicas de profissionais pedreiras, eletricistas, bombeiras hidráulicas para você conhecer e fazer um orçamento no Rio de Janeiro.